quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CRIAÇÃO DE ABELHAS

CRIAÇÃO DE ABELHAS

Você pode conseguir as abelhas para iniciar sua criação de três diferentes maneiras; comprando colônias de apicultores comerciais, capturando colméias em estado natural ou atraindo famílias em enxameação para caixas - armadilhas ou caixas - iscas.

Cada um dos processos apresenta vantagens e desvantagens. Comprar as abelhas, simplesmente, pode ser bastante cômodo. Ocorre que a operação não é financeiramente viável para o produtor que pretende expandir sua criação e o apicultor não tem a oportunidade de desenvolver experiências. Por outro lado, este sistema é bastante prático e simples.

Já os apicultores mais experimentados que as colônias capturadas em caixas - iscas são as que se desenvolvem mais rapidamente e as mais dóceis e fáceis de serem trabalhadas. Eles explicam que isto se deve em razão da índole mais domesticável das abelhas que se sujeitam a caixas - iscas. Apesar da falta de comprovação científica, o fato é que vários apicultores garantem que as abelhas que aceitam caixas - iscas são realmente menos agressivas que as capturadas na natureza. A desvantagem deste sistema está justamente na limitação e expansão do apiário, uma vez que não se pode prever quantas colônias poderão ser atraídas para as caixas - iscas.

Finalmente , pode-se capturar enxames na natureza, removendo famílias inteiras de seu habitat natural, como cupins, troncos ocos de árvores, telhados, pneus, assoalhos, muros etc.

Dos três, a captura de enxames é certamente o mais trabalhoso. Mas ele apresenta vária vantagens: é barato (não é dispendioso), possibilita rápida expansão do apiário e conseqüente aumento de produção, e talvez o mais forte motivo- coloca o produtor em contato direto com as abelhas, proporcionando - lhe uma vivência que lhe será muito útil no manuseio de suas colméias, no dia a dia. De fato , na operação de captura de enxames na natureza é, possivelmente, a melhor instrução que o apicultor iniciante pode Ter. Para um bom número de apicultores, aliás, a captura do enxame é a primeira oportunidade de contato com as abelhas. Se este é o caso, atenção para os seguintes passos para capturar um enxame.

CAPTURA DO ENXAME

Localizada na colméia, a primeira providência é cuidar do material que será usado na operação: além da vestimenta completa o apicultor deverá ter à mão o fumegador ; a caixa, feita de madeira mais leve que as habituais, para facilitar o transporte, e com muita ventilação lateral - coloque estes dispositivos de ventilação usados em armários embutidos e sobretampa de tela; quadros vazios ( que receberão os favos de cria); quadros com cera alveolada, para completar espaços vazios; barbantes ou elásticos de boa qualidade para fixar os favos nos quadros; serragem grossa; faca afiada para cortar os favos; e um borrifador com xarope feito de água e mel, ou açúcar; vassourinha de pelos macios e brancos; e duas bacias com boca larga e panos para cobrirem ( onde serão colocadas as sobras ou favos não aproveitados).

A captura do enxame deve ser feita exatamente como se deve trabalhar com as abelhas no apiário:

Procure trabalhar sempre em dias claros ou de sol, quentes, se possível. Nestas condições, um número maior de campeiras estará trabalhando na coleta de néctar e pólen. Assim, menos abelhas estarão defendendo a colméia, no momento da operação.

Faça o trabalho sempre com a ajuda de um parceiro. Na apicultura toda tarefa feita a quatro mãos é mais fácil de ser realizada.

Faça o trabalho com paciência. Movimentos calmos, cuidadosos e delicados são indispensáveis. Qualquer gesto mais brusco pode irritar as abelhas e tornar impraticável a tarefa, sem falar nos riscos para sua própria segurança.

Nunca dispense o uso do fumegador e jamais trabalhe sem a vestimenta apropriada. ( lembre- se que é o homem que se acostuma com as abelhas, e não as abelhas com o homem).

Agora que já estamos preparados para lidar com as abelhas, vamos ver quais as situações mais comuns para a captura de enxames.

Enxames localizados em árvores, beirais etc. É , de certa forma, bastante freqüente a ocorrência de exames em galhos de árvores. Isso acontece quando uma família está enxameado, isto é, multiplicando a colônia e procurando uma nova moradia. Neste caso, não perca tempo: aproxime- se do enxame viajante com a caixa completa, contendo os quadros já preenchidos com cera alveolada e previamente borrifada com xarope de erva- cidreira. Borrife as abelhas com o xarope de água e mel, para diminuir sua agressividade. Se o enxame for grande, mantenha a metade dos quadros na caixa, para dar espaço às abelhas.

Um dos dois parceiros segura a caixa , com seu bojo exatamente sob o enxame. Caberá ao outro a tarefa de sacudir sobre ela o "bolo" de abelhas, com um golpe rápido e seco. Coloque a tampa da caixa, e obstrua a entrada com um pano ou pedaço de espuma. Pronto! Sua primeira colméia já pode ser instalada no apiário definitivo, sobre cavalete individual, de preferencia.

Enxames em locais de difícil acesso- Se o enxame estiver abrigado em local de difícil acesso (cupinzeiro, ocos de árvores, fendas de pedras, forros de casas, o procedimento é diferente. Você e seu parceiro vão precisar do fumegador (já aceso), da caixa contendo quadros vazios, a faca, o espanador e a bacia com pano.

Antes de mais nada, trate de dirigir a fumaça para a colméia natural, para abrigar as abelhas a saírem de sua morada. Assim , só ficarão no seu interior, os favos com crias, as abelhas nutrizes (que ainda não conseguem voar) e a abelha rainha.

Enquanto seu parceiro cuida do fumegador, procure localizar os favos com cria. Se a colméia estiver alojada em cupinzeiro ou tronco de árvore, utilize enxada ou machado para facilitar o acesso aos favos com cria. Eles são a chave da operação, pois , uma vez capturados e transferidos para sua caixa, vão atrair todas as abelhas da colméia. As crias atuam, portanto ,como verdadeiras "iscas".

Localizados os favos com crias (que ficam na região central do ninho), remova-os com a ajuda da faca, recortando os no maior tamanho possível. Encaixe estes favos nos quadros vazios e amarre- os firmemente com o barbante, com a ajuda de seu parceiro.

Caso haja favos vazios ou com mel, a distribuição no interior da colméia deve ser a seguinte: favos com cria no centro, favos os vazios ou com pólen e, nas extremidades, favos com mel.

Finalizada a transferência dos favos para sua caixa, remova todos os vestígios da colméia anterior. Lembre-se que os favos com cria são mais preciosos para o apicultor do que os com mel. Caso sobrem favos vazios ou com mel, guarde-os na bacia e recubra-os com o pano.

Finalizada a operação de transferência, instale sua caixa exatamente no mesmo lugar da colméia original, tomando o cuidado de manter o alvado na mesma posição da entrada da antiga colméia.

Mantenha sua caixa com o enxame capturado neste ponto até o fim do dia para capturar o máximo de abelhas campeiras. À noitinha, tampe o alvado com uma tela para ventilação ou pano ou ainda espuma, e transfira sua caixa para o apiário definitivo.

Parabéns! Sua criação de abelhas está começando. Você vai viver, a partir de agora, a fase mais fascinante da apicultura.

Fonte: www.saudeanimal.com.br

CRIAÇÕES DE ABELHAS

CRIAÇÕES VESTIMENTOS E UTENSÍLIOS

Antes de denomina as técnicas e manejo de criação das abelhas, o apicultor deve conhecer os equipamentos, ferramentas e, principalmente, a indumentária, a vestimenta com que irá trabalhar. Afinal, criar abelhas não é o mesmo que criar coelhos ou ovelhas. As abelhas não são propriamente animais dóceis . Elas tratam de defender sua família contra qualquer tipo de ameaça (portanto são defensivas), e atacam todos os que consideram suspeitos com ferrão, pelo qual injetam veneno na vítima.

Assim, para trabalhar com abelhas, o apicultor deve, antes de mais nada, estar adequadamente vestido, para defender-se de eventuais picadas.

VESTIMENTA

A vestimenta básica é composta por uma máscara, um macacão, um par de luvas e um par de botas. Estas peças podem ser feitas pelo próprio produtor, mas é preferível compra-las , até que o apicultor esteja perfeitamente familiares com a atividade.

O melhor tipo de mascara é o de pano, com visor de tela metálica, pintada com tinta preta e fosca, que permite melhor visibilidade. Este tipo de máscara é sustentado por chapéu de palha ou vime e é fechada com um longo cadarço, que é amarrado sobre o macacão.

As luvas devem ser finas o suficiente para que o apicultor não perca totalmente o tato - fator de grande importância na manipulação das abelhas. As luvas de plástico, muitas vezes não são resistentes às ferroadas, ê tem o inconveniente de não permitir a evaporação do suor das mãos, o que dificulta os trabalhos e cujo o odor pode irritar as abelhas. As luvas de couro fino, brancas, são as mais indicadas.

O macacão deve ser constituído de uma única peça. Ele também deve ser largo, folgado o suficiente para não criar resistência junto ao corpo, o que permitiria a ferroada da abelha.

As extremidades do macacão (mangas e pernas) devem ser arrematadas com elástico, para impedir a entrada de abelhas na vestimenta e o tecido deve ser resistente para defender o corpo de ferroadas. O brim é bastante utilizado e oferece uma boa proteção.

Finalmente, não se esqueça das botas. As melhores são as de borracha, branca, de cano médio ou longo, sobre o qual é ajustada a bainha do macacão.

Importante: lembre - se sempre que as abelhas particularmente sensíveis às tonalidades escuras, especialmente ao preto e ao marrom. As abelhas têm verdadeira aversão a estas cores, que provocam seu ataque. Por isso, toda a indumentária do apicultor deve ser de cor clara. As mais indicadas são o branco , o amarelo e o azul- claro, tons que não as irritam.

UTENSÍLIOS

Fumegador - não é só a indumentária que defende o apicultor das ferroadas das abelhas. Um utensílio indispensável para qualquer tipo de trabalho é o fumegador. Sua função é a de diminuir a agressividade das abelhas. É um utensílio realmente obrigatório na apicultura, principalmente com as abelhas africanizadas.

Há diferentes tipos e tamanhos de fumegadores. Para quem está iniciando na atividade, o tipo mais apropriado é o fumegador de fole manual, constituindo por um fole, como o próprio nome diz, que é acoplado a uma fornalha dotada de grella, na qual se queima o material que produzirá a desejada fumaça. Os de tamanho grande e preferíveis, pois garantem fumaça por maior espaço de tempo.

Ao contrário do que a maioria das pessoas - e mesmo alguns apicultores - imaginam , a fumaça produzida pelo fumegador não "tonteia" ou "sufoca" as abelhas. Na verdade, a fumaça é utilizada para criar a falsa impressão de um incêndio na colméia. Assim, ao primeiro sinal de fumaça, as abelhas correm a proteger as larvas e engolem todo o mel que podem, para salvar alimento em caso de necessidade de fuga. Isto tudo faz com que as abelhas desviem a atenção do apicultor, que pode então trabalhar com tranqüilidade. Além disso, as abelhas, com seus papos lotados de mel, ficam pesadas e têm dificuldade para desferir a ferroada.

Como preparar e aplicar a fumaça- Os materiais mais apropriados para a produção de fumaça são de origem vegetal, como serragem grossa - não pode diversos tipos de madeira, sabugos de milho, folhas secas de eucaliptos, gravetos, cascas secas de árvores, retalhos de pano etc. O importante é que a fumaça não seja jamais produzida por materiais que possam irritar ou molestar as abelhas, como óleo de qualquer natureza, querosene, gasolina e produtos que desprendam odor forte ou mau cheiro. A fumaça deve ser fria e limpa, em resumo. Essa fumaça deve ser usada com parcimônia nos trabalhos, em pequenas quantidades, para não irritar as abelhas.

Formão de apicultor - é uma ferramenta praticamente obrigatória. É utilizada para abrir o teto da colméia, que normalmente é soldado à caixa pelas abelhas com a própolis. Serve também para separar a desgrudar as peças da colméia.

Espanador - É empregado para remover as abelhas dos quadros da colméia sem feri- las. Normalmente, é feito de crina animal. Na falta deste instrumento , alguns apicultores utilizam penas de aves como espanador.

Facas e garfos desoperculadores - São instrumentos utilizados para destampar os alvéolos dos favos, liberando, assim, o mel armazenado.

Pegador de quadros - trata -se de uma ferramenta relativamente útil: compostas de duas tenazes de funcionamento simultâneo, ela remove facilmente os quadros da colméia, mesmo aqueles que estejam soldados com própolis entre si. Além de facilitar o manuseio dos quadros da colméia, este instrumento diminui o risco de esmagamento das operárias.

Centrífugas - São equipamentos destinados à extração de mel sem provocar danos aos favos, que, poderão, desta forma, ser reaproveitados. Há basicamente dois tipos de centrífugas - a facial e a radial, sendo que este último modelo é considerado mais prático.

No entanto, apesar das vantagens que apresenta, a centrífuga não deve ser adquirida prontamente pelo apicultor inicialmente . Ela só se justifica em casos de determinados volumes de produção. Uma interessante alternativa, para apicultores iniciantes, é a aquisição da centrífuga em regime de cooperativa: todos pagam por ela e todos usam.

Outros equipamentos e ferramentas - A apicultura moderna dispõe de diversos outros aparelhos e ferramentas que auxiliam e facilitam o trabalho com as abelhas. Estes instrumentos, no entanto, são recomendados a apicultores que já dominam uma certa técnica de manejo. Fonte: www.saudeanimal.com.br

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