quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ABELHAS

Abelhas

Com as abelhas o homem poderá tirar exemplos para construir um mundo melhor. Com seu modelo de socialização, onde cada indivíduo possui uma função bem definida, executada sempre em benefício do bem-estar da coletividade, nos dão um belo exemplo de convivência.

As abelhas também nos fornecem um dos mais puros e ricos alimentos naturais, o mel, e contribuem decididamente no processo da polinização. Hoje, com o desenvolvimento da apicultura, as abelhas deixaram de ser vistas como insetos perigosos e agressivos.

O homem através de estudos passou a compreender o seu mundo e aprendeu a conviver com elas respeitando as suas características e particularidades.

Fonte: www.saudeanimal.com.br

Abelhas

ABELHA - A RAINHA E O VÔO NUPCIAL

A rainha é a personagem central e mais importante da colméia. Afinal, é dela que depende a harmonia dos trabalhos da colônia, bem como a reprodução da espécie.

A rainha é quase duas vezes maior que as operárias e vive cerca de 3 a 6 anos. No entanto, a partir do terceiro e quarto ano a sua fecundidade decai. A sua única função, do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já que ela é a única abelha feminina com capacidade de reprodução. Mas a abelha rainha desempenha um importante papel do ponto de vista social: Ela é a responsável pela manutenção do chamado 'Espírito da colméia', ou seja, pela harmonia e ordenação dos trabalhos da colônia. Ela consegue manter este estado de harmonia produzindo uma substância especial denominada ferormônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas as abelhas da colméia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na colméia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias impossibilitando-as, assim, de se reproduzirem. É por essa razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha na colméia, ambas lutarão até que uma delas morra.

Na verdade, a rainha nada mais é do que uma operária que atingiu a maturidade sexual. Ela nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial, diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos. A rainha é criada numa cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. É precisamente, esta "superalimentação" que a tornará uma rainha diferenciando-a das operárias. A geléia é o único e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda sua vida.

A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então, é acompanhada por um verdadeiro séquito de operárias, encarregadas de garantir sua alimentação e seu bem-estar. Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer vôos de reconhecimento em torno da colméia. E a partir do nono dia, ela já esta preparada para realizar o seu vôo nupcial, quando, então, será fecundada pelos zangões. A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar o vôo nupcial.

O Vôo Nupcial

Somente os zangões mais fortes e rápidos conseguem alcança-la após detectar o ferormônio. Localizada a "princesa", dá-se início à cópula. No entanto, os vários zangões que conseguirem a façanha terão morte certa e rápida, pois seus órgãos genitais ficarão presos no corpo da rainha, que continuará a copular com quantos zangões forem necessários para encher a sua *espermoteca, em média a rainha é fecundada por 6 a 8 zangões. Este sêmen, coletado durante o vôo nupcial, será o mesmo durante toda sua vida. Nesta fase a rainha fica na condição de *hermafrodita.

O vôo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova. Ao regressar de seu vôo nupcial, a rainha se apresenta bem maior e mais pesada. Passará a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com a geléia real e cuidam de sua higiene. Se a jovem rainha é, por exemplo, devorada por um pássaro durante seu vôo nupcial, sua colméia de origem fica irremediavelmente fadada à extinção.

Uma ocasião grave é quando elas percebem que a mãe de todas já não tem a mesma energia. Sendo uma família forte, decididamente não se permite enfraquecer. Então concluem que é hora de chamar à vida uma nova rainha. Numa colméia forte sempre há realeiras em construção: é uma questão de sobrevivência no caso de algum acidente acontecer com a mestra. Sendo esta, porém, prolífica, não é permitido a estas realeiras desenvolverem-se normalmente - a não ser nestas ocasiões especiais. Neste caso, uma rainha cuja energia se acaba é sinal para as realeiras seguirem seu curso. Tendo garantida uma ou mais princesas em formação, é necessário eliminar a velha mãe. Uma abelha comum nunca ferroa uma rainha; ela sequer lhe dá as costas. Assim elas são obrigadas a usar uma tática "sutil". Formam uma bola em torno da idosa senhora e ali a vão sufocando até a morte; e a rainha, compreendendo sua sina, não procura resistir. Terminada esta etapa, começam a nascer as novas princesas. Só pode haver uma rainha na colméia, e a primeira que emerge logo procura as outras realeiras para as destruir. Se duas nascem simultaneamente, lutam entre si, e vence a mais forte. A única sobrevivente segue seu curso normal para se tornar mais uma rainha completa. É interessante que neste momento toda uma família dependa de um único indivíduo para sua sobrevivência.

Outra situação diferente é quando a colméia se torna pequena para a população de abelhas, não há mais espaço para trabalhar. Um grupo de operárias começa a construir várias realeiras onde a rainha é levada a depositar ovos fecundados. Passado o período normal de incubação a primeira princesa nasce, e seu instinto básico força-a a tentar destruir as outras realeiras ainda não abertas.

A rainha também não aceita a presença da princesa, mas as operárias já decidiram que outras princesas devem nascer, e o objetivo não é substituir a mestra, e sim dividir a família em um ou mais enxames; portanto não permitem as lutas naturais.

ABELHAS

Depois que as princesas nascem, um grupo de operárias dirige-se aos reservatórios de mel e enchem seus estômagos até não caber mais uma gota. Este grupo, normalmente bem numeroso, prepara-se para partir. Por algum mecanismo desconhecido convocam a rainha para a viagem. Logo sai da colméia uma nuvem de abelhas, a rainha entre elas, e alguns zangões. O enxame não vai muito longe. Pousa em alguma árvore ali por perto, e algumas abelhas mais experientes, na qualidade de escoteiras, partem em busca de um novo local para habitar.

Quando as abelhas escoteiras retornam, há um "conselho" para decidir qual o rumo a tomar. Uma vez tomada a decisão elas partem para um vôo mais longo. O enxame pode ainda parar outras vezes. Às vezes o local escolhido não agrada ao grupo, que então aguarda por ali, para que nova pesquisa seja feita. Se um apicultor tentar colocar este "enxame voador" em uma caixa, ele poderá ou não aceitar a morada, dependendo das informações trazidas pelas escoteiras.

Enquanto isso, a colméia-mãe pode decidir por lançar outros enxames, desta vez acompanhados por rainhas virgens, ou ficar como está. Esses enxames posteriores ao primeiro em geral são menos numerosos e têm menos condições de sobreviver. É muito comum a colméia-mãe ficar com reduzido contingente de abelhas, chegando aos limites de uma extinção, ainda mais que contam com apenas uma chance de rainha, baseada numa das princesas que ficou.

Quando o grupo encontra o lugar adequado, começa a construção do novo ninho. As abelhas engenheiras escolhem então o ponto mais central do que puder ser chamado de teto; ali formam um bolo compacto e começam a gerar calor usando a reserva de mel que trouxeram no papo. As abelhas que ficaram no centro da bola encarregam-se de produzir cera, e logo é possível visualizar uma fina folha de cera vertical se formando. Em seguida algumas abelhas iniciam a construção dos alvéolos hexagonais, de ambos os lados da lâmina, seguindo uma intricada arquitetura que aproveita todos os espaços e ângulos da melhor maneira possível. Os alvéolos são construídos de forma a terem uma leve inclinação para cima, evitando que o seu conteúdo escorra para fora.

Fonte: www.saudeanimal.com.br

HISTÓRIA DAS ABELHAS

A classificação zoológica das abelhas, segundo os biólogos, é a seguinte:

REINO- Animal, FILO- Arthropoda, CLASSE- Insecta, ORDEM- Hymenoptera, SUBORDEM- Apocrita

SUPERFAMÍLIA- Apoidea NOME CIENTÍFICO: Apis mellifera, NOME COMUM: Abelha e NOME EM INGLÊS: Bee

Abelha é um inseto que pertence à ordem dos himenópteros e à família dos apídeos. São conhecidas cerca de vinte mil espécies diferentes e, são as abelhas do gênero Apis mellifera que mais se prestam para a polinização, ajudando a agricultura, produção de mel, geléia real, cera, própolis e pólem.

As abelhas são insetos sociais que vivem em colônias. Elas são conhecidas há mais de 40 mil anos. A abelha do mel acha-se espalhada pela Europa, Ásia e África. A apicultura, a técnica de explorar racionalmente os produtos das abelhas existe desde o ano de 2400 a.C.. E os egípcios e gregos desenvolveram as rudimentares técnicas de manejo que só foram aperfeiçoadas no final do século XVII por apicultores como Lorenzo Langstroth (ele desenvolveu as bases da apicultura moderna).

Inseto trabalhador, disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordinária organização: em cada colméia existem cerca de 60 mil abelhas e cada colônia é constituída por uma única rainha, dezenas de zangões e milhares de operárias.As abelhas podem ser consideradas de acordo com seus hábitos, ou outras conveniências, em três categorias: sociais, solitárias e parasitas.

Abelhas sociais - são as que vivem em enxames, isto é, em grande número de indivíduos no mesmo ninho, e onde haja divisão de trabalho e separação de castas. As castas são os membros da colméia, normalmente uma rainha, zangões e operárias. Embora sejam a minoria dentre as várias espécies, trazem em si o que realmentecaracteriza a essência do reino das abelhas.

Abelhas solitárias - são as que vivem sozinhas e morrem antes que seus filhos atinjam a fase adulta. Constroem ninhos no chão, em fendas de pedras e árvores, em madeira podre ou em ninhos abandonados de outros insetos. Normalmente as fêmeas fecundadas preparam cuidadosamente o ninho, suprem cada célula com uma quantidade adequada de alimento preparado é base de pólen e mel, e colocam o ovo sobre essa camada de alimento. Então fecham cada célula, fecham o ninho por fora e vão embora.

Abelhas parasitas - Uma abelha somente parasita outra abelha e utiliza-se apenas do trabalho e do alimento que o hospedeiro armazenou. Na maioria dos casos, o parasita invade os ninhos, coloca seus ovos nas células já prontas e aprovisionadas pelo hospedeiro e deixa que seus filhos se desenvolvam aos cuidados deste. Em alguns casos, o parasita passa a conviver com o hospedeiro e pode, até mesmo, desenvolver algum tipo de trabalho em conjunto.

Um outro tipo de parasitismo interessante é encontrado num gênero de abelhas (Lestrimelitta, conhecida popularmente por abelha-limão) socialmente bem evoluídas. As espécies deste grupo (duas) constroem seus próprios ninhos, porém o material de construção e as provisões são roubadas de outros ninhos de espécies afins, como jatitubiba, abelha-canudo, etc. Essas abelhas saem em grande número, pois suas colônias chegam a ter milhares de indivíduos, invadem o ninho das outras e daí levam o material que necessitam. Esses ataques duram, às vezes, vários dias, e muitas abelhas morrem.

Outro aspecto peculiar é que esses parasitas passam a defender o ninho conquistado contra pilhagens ou parasitas secundários, enquanto levam o material roubado. As abelhas-limão são tão bem adaptadas a este comportamento que sequer possuem as corbículas (Orgão situado no último par de pernas destinado à coleta de pólem).

Introdução no Brasil

A abelha do mel acha-se espalhada pela Europa, Ásia e África. A sua introdução no Brasil é atribuída aos jesuítas que estabeleceram suas missões no século XVIII, nos territórios que hoje fazem fronteira entre o Brasil e o Uruguai, no noroeste do Rio Grande do Sul.

Essas abelhas provavelmente se espalharam pelas matas quando os jesuítas foram expulsos da região e delas não se teve mais notícias.

Em 1839, o padre Antonio Carneiro Aureliano mandou vir colméias de Portugal e instalou-as no Rio de Janeiro. Em 1841 já haviam mais de 200 colméias, instaladas na Quinta Imperial. Em 1845, colonizadores alemães trouxeram abelhas da Alemanha (Nigra, Apis mellifera melífera) e iniciaram a apicultura nos Estados do sul. Entre 1870 e 1880, Frederico Hanemann trouxe abelhas italianas (Apis mellifera lingústica) para o Rio Grande do Sul. Em 1895, o padre Amaro Van Emelen trouxe abelhas da Itália para Pernambuco.

Em 1906, Emílio Schenk também importou abelhas italianas, porém vindas da Alemanha. Por certo, além destas, muitas outras abelhas foram trazidas por imigrantes e viajantes procedentes do Velho Mundo, mas não houve registro desses fatos. Iniciava-se assim a apicultura brasileira. Durante mais de um século ela foi se desenvolvendo, principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Também em São Paulo e Rio de Janeiro havia uma atividade bem desenvolvida.

Fonte: www.saudeanimal.com.br

ABELHAS

A polinização consiste no transporte de pólen desde as anteras até ao estigma de uma flor.

As plantas destinadas à produção de frutos e sementes devem ser polinizadas, ou seja, as flores destas plantas devem receber pólen em quantidade suficiente para se transformarem em frutos e estes por sua vez produzirem sementes.

Em determinadas espécies a polinização pode ser directa, isto é, a transferência de pólen faz-se para o estigma da mesma flor. Todavia, a maior parte das espécies vegetais necessitam de polinização cruzada, ou seja, da transferência de pólen de uma flor para outra, na mesma planta ou em plantas diferentes da mesma espécie. Para que a polinização ocorra, nas espécies que necessitam de polinização cruzada, é necessário que o pólen seja transportado geralmente ou pelo vento - polinização anemófila - ou pelos insectos - polinização entomófila.

As relações ecológicas entre as plantas entomófilas e as abelhas datam de há cerca de 80 milhões de anos ( ORTEGA SADA, 1987 ). Esta relação recíproca consiste no fornecimento de néctar e pólen às abelhas necessários à sua alimentação e estas, por sua vez, proporcionam às plantas a polinização.

A introdução de abelhas nas áreas agrícolas é uma técnica que permite aumentar a produtividade sem ameaçar o meio ambiente ( GODINHO, 1995 ).

Axenogamia1 oferece às plantas uma descendência muito mais variável, em termos genéticos que a autogamia, e com maiores possibilidades de produzir variedades que se adaptem a novos ambientes, competir com outras espécies e ocupar novas posições ecológicas.

Uma abelha pode visitar, para conseguir uma carga de néctar, entre 1000 a 1500 flores e pode fazer até 20 viagens por dia ( ORTEGA SADA, 1987 ).

Quando a abelha efectua a colheita de néctar ou de pólen arrasta-se entre os estames e, os grânulos de pólen aderem aos pêlos de todo o seu corpo. São estes grânulos de pólen que viajarão com a abelha de flor em flor, polinizando novas flores.

As abelhas que desenvolvem a polinização possuem pêlos por todo o corpo, especialmente nas patas traseiras, onde podem transportar até cinco milhões de grânulos de pólen ( ORTEGA SADA, 1987 ).

A abelhamelífica2 não é a única que efectua a polinização cruzada, existindo cerca de 15 a 20000 espécies de abelhas sociais, semi-sociais e solitárias que realizam esta função, contribuindo também para esta área vários outros insectos e pássaros, mas calcula-se que a abelha leva a cabo 80% da polinização entomófila.

As abelhas são politrópicas, pois realizam a sua actividade polinizadora numa grande variedade de plantas.

PAIXÃO (1974) diz que um sábio norte americano declarou que a riqueza em mel e cera, produzida pelas abelhas nos E.U.A, nada é em comparação com os serviços que elas prestam na fecundação das plantas, indispensável à formação dos frutos.

Estudos levados a cabo na Hungria, Roménia e Espanha mostram claramente que a instalação de colmeias em zonas de cultivo de girassol pode aumentar a colheita em cerca de 30%. Também no cultivo do melão, o aumento devido a uma boa polinização pelas abelhas pode ser superior a 50% (ORTEGA SADA, 1987).

Fonte: www.dacostadesigns.com

ABELHAS

Este processo constitui-se na transferência dos grãos de pólen da parte masculina da flor para a parte feminina, possibilitando a sua fecundação e conseqüente desenvolvimento do fruto e das sementes. A maioria das plantas que produz flores depende dos animais como aves, morcegos e, principalmente, insetos para sua polinização, sendo as abelhas um dos principais polinizadores. Grande parte de plantas brasileiras é polinizada exclusivamente pelas abelhas popularmente conhecidas como Jataí, espécie nativa do território brasileiro. Estas abelhas são encontradas na natureza em fendas de rochas e troncos de árvores, daí a necessidade de se evitar o desmatamento desordenado, as queimadas, o uso indiscriminado de agrotóxicos e a extração do mel em ambiente natural, garantindo desta forma a sua sobrevivência.

VOCÊ SABIA QUÊ...

As abelhas Jataí (Tetragonisca angustula), também conhecidas como "abelha indígena sem ferrão", são altamente sociais. Cada colônia compõe-se de três castas: a rainha (fêmea fértil), as operárias (fêmeas estéreis) e os zangões (machos férteis). O que faz uma abelha se tornar rainha ou operária é a quantidade de geléia real recebida nos primeiros dias de vida. A Própolis, substância resinosa muito conhecida pelo seu valor medicinal, é produzida pelas abelhas e utilizada para revestir a colméia e protegê-la da proliferação de bactérias e fungos. O mel produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores, e a geléia real, secretada pelas glândulas de abelhas jovens, são muito utilizados pelos seres humanos como excelentes fontes de vitaminas e sais minerais. A quantidade de mel produzida pelas abelhas Jataí é bem menor que a produzida pela Apis mellífera, sendo mais claro e mais liquido. Culturas como de laranja, café, pêssego, maçã e abóbora melhoram a produção e qualidade dos frutos quando as abelhas são utilizadas como polinizadoras.

Fonte: www.cdcc.sc.usp.br

ABELHAS

O pólen (do grego "pales" = "farinha" ou "pó") é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das plantas angiospérmicas (ou pelas pinhas masculinas das gimnospérmicas), que são os elementos reprodutores masculinos ou microgametófitos, onde se encontram os gâmetas que vão fecundar os óvulos, para os transformar em frutos.

Os grãos de pólen são normalmente arredondados, embora os dos pinheiros sejam alados, e podem ser muito pequenos, apenas alguns micra. O mais pequeno grão de pólen conheido é o do Myosotis, com cerca de 6 µm (0.006 mm) de diâmetro. A forma e ornamentação dos grãos de pólen é típica de cada família ou mesmo espécie de plantas.

O pólen contém uma grande proporção de proteínas (16 a 40 %) contendo todos os aminoácidos conhecidos, assim como numerosas vitaminas, principalmente as vitaminas C e PP, sendo a principal fonte de alimentação das abelhas. Outro importante produto fabricado com pólen é a geleia real. Esta composição do pólen pode ser responsável pelas alergias que lhe são atribuídas.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DO PÓLEN

Os grãos de pólen são produzidos por meiose no microsporângio das plantas angiospérmicas, que é o estame, ou a escama masculina das gimnospérmicas.

Cada grão de pólen é um gametófito que contém dois núcelos haplóides, um maior que corresponde a uma célula vegetativa e outro mais pequeno que é o verdadeiro anterozóide, que vai fecundar o óvulo.

Esta célula "dupla" encontra-se encerrada numa cápsula de celulose, a intina, recoberta por um envólucro muito resistente de esporopolenina, um biopolímero ligado a ceras e proteínas. Esta camada externa é denominada exina e é composta de três partes:

tectum, que contém os elementos esculturais que dão a forma exterior ao grão de pólen; columelas, uma estrutura em forma de colunas; e base, uma estrutura sólida formada sobre a intina. Este envólucro possui ainda pequenas aberturas (pontos de menor resistência) por onde sairá o tubo polínico, que penetra no estigma para fecundar o óvulo.

POLONIZAÇÃO

A honeybee carrying pellet of pollen in its corbicula.A transferência dos grãos de pólen dos órgãos onde são produzidos até à estrutura reprodutiva feminina (o carpelo das angiospérmicas ou a escama feminina das gimnospérmicas) chama-se polinização.

Durante o processo evolutivo, as plantas desenvolveram várias estratégias reprodutivas, para assegurar a sua multiplicação e colonização dos habitates. As espermatófitas, ou seja, as plantas que produzem flores, apresentam várias modalidades de polinização como estratégias reprodutivas:

Autopolinização - algumas espécies de plantas admitem a germinação dos grãos de pólen no estigma da mesma flor que o produziu, ou em outras flores da mesma planta; esta estratégia diminui as possibiidades de recombinação genética, mas assegura que maior número de óvulos sejam fecundados. A maior parte das espécies, no entanto, desenvolveu estratégias para aumentar as possibilidades de recombinação - a trasnferência dos grãos de pólen por elementos exteriores à flor:

Polinização anemófila - realizada pelo vento - estas plantas produzem grande número de grãos de pólen, muito leves ou com extensões da exina, como os grãos de pólen alados dos pinheiros, que lhes permitem ser transportados para flores de plantas que se encontram a maior distância da que os produziu, portanto com maior probabilidade de terem um genoma diferente; Polinização entomófila - realizada por insetos - as flores possuem características que atraaem os insetos, tais como nectários, coloração ou cheiro especiais; Polinização hidrófila - realizada pela água - este tipo de polinização é mais frequente nas plantas aquáticas.

Fonte: pt.wikipedia.org

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